A luta pela visibilidade das mulheres lésbicas
Há 22 anos atrás, em 29 de agosto de 1996, ocorreu o 1º
Seminário Nacional de Lésbicas e bissexuais, desde então, nessa data celebra-se
o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica e Bissexual.
A criação desta data é fundamental para uma sociedade que
luta pelos direitos de igualdade, sendo de extrema importância na luta ao
combate da lesbofobia. Lesbofobia é o nome dado ao preconceito em relação a mulheres
lésbicas.
O dia 29 de agosto, deve servir como um momento de reflexão
sobre a questão da igualdade da mulher lésbica em nossa sociedade.
Não podemos esquecer o quão diverso este grupo é. São
mulheres cada uma com suas particularidades. Mulheres lésbicas brancas, negras,
mães, translésbicas, cis, periféricas.
Este dia é um marco importante na nossa história. Uma
história de lutas e resistências, de mulheres lésbicas, que sofrem inúmeras
violações.
Estas mulheres, pelo simples fato de serem lésbicas, são
alvos de violências: verbal, psicológica, física e econômica. São expulsas do
ambiente familiar, sofrem no ambiente de trabalho, nas escolas e nas ruas.
Temos que destacar ainda, que infelizmente, há muitos motivos
que justificam a criação desta data, pois a nossa sociedade ignora a realidade
do dia-a-dia dessas mulheres em nosso país. Mulheres que são colocadas a margem
do processo de representatividade em diversos espaços públicos e privados, ou
até mesmo não promovendo políticas públicas com enfoque na atenção da mulher
lésbica.
O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica e Bissexual é
importante destacar quanto a ausência de políticas públicas específicas,
principalmente na área da saúde, de prevenções a DST. Pois muitas vezes o sexo
lésbico é negligenciado, ignorado e não priorizado em campanhas de
sensibilização públicas. É ainda um grande desafio na garantia de acesso aos
direitos, embora muitos avanços tenham sido conquistados nas políticas para
população LGBT, alguns desafios permanecem, e precisamos falar disto. A
população de mulheres lésbicas precisa ser vista.
Destacamos a importância do dia 29 de agosto principalmente
pela expressão social, a manifestação que deve ser pública, quanto à existência
e a visibilidade das mulheres lésbicas. Sim, elas existem, e estão vivendo em
sociedade, nas ruas, nas casas, nos hospitais, nos escritórios, nas igrejas, e
em tantos outros lugares. Porque o lugar da mulher lésbica é aonde ela quer
estar, e ela deve e precisa ser respeitada como qualquer pessoa, em qualquer
ambiente, pois o seu direito de ir e vir deve ser garantido pela nossa
sociedade e por nossas leis.
Gleuda Apolinário
Presidente Estadual da Diversidade Tucana SP
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