Ong faz calendário trans para expor o preconceito no mercado de trabalho
O calendário é
iniciativa da associação Cais (Centro de Apoio e Inclusão Social de
Travestis e Transexuais), em São Paulo. As
12 pessoas que participam das fotos, querem apenas a chance de um dia trabalhar com aquilo que
sonham fazer. As imagens formam um calendário, que será lançado neste mês como
um alerta: a população transexual também precisa de emprego.
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Imagem: Divulgação/Cais |
Cada mês representará um
desejo profissional: ser um tatuador, uma diva das artes cênicas, um assistente
social. Os personagens da campanha K-Lendárias são
quatro travestis, quatro mulheres trans e quatro homens trans.
O sergipano Gil Santos,
43, é um dos participantes. Morador de São Paulo desde a adolescência, ele não
consegue um emprego formal, com carteira assinada, desde 2005. Vai contando com
os bicos que surgem para se manter.
Precisamos de programas
que integrem a educação profissional para esta população, mas que também tenham
como objetivo o direcionamento para o mercado de trabalho com empresas
parceiras. Sabemos que ainda hoje existem empresas que ‘‘fecham as portas’’ quando descobrem que um possível candidato é trans.
Uma mulher trans tem a
mesma capacidade profissional de uma mulher cis - só não tem as mesmas oportunidades. A capacidade
profissional de uma pessoa não deve ser medida pela identidade de gênero, muito
menos pela orientação sexual – precisamos desmistificar isso!
Só temos que parabenizar a Associação Cais pela brilhante
ideia de chamar a atenção para a necessidade de inclusão das pessoas trans,
justamente no Mês da Visibilidade Trans.
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